"A Palavra é do Tempo, o Silêncio da Eternidade"

20 de novembro de 2006

FAZ-ME DE NOVO



Toma de novo o meo barrro
ó Oleiro.
Segura-me em tuas mãos,
porque venho partido
e não posso tocar o teu corpo
com as minhas.

Coloca-me de novo no teu torno,
ó Oleiro,
porque trago a expressão
do meu rosto sem vida
e tenho necessidade do teu rosto.


Recria-me com teus dedos.
Alenta-me com teu amor.
Põe em minha carne a tua força.
Dá-me a tua voz
que eu serei a Tua Palavra,
de geração em geração.
Mete a tua mão
nas minhas entranhas,
e forma a profundidade
do meu vaso.

Um vaso fragil, pequeno,
mas onde caiba somente
um coração que ame.
Peço-te sem medo:
Faz-me de novo o Óleiro,
e serei fiel.


(Encontro dos Juniores III, Fátima, 17-19 de Novembro de 2006)