"A Palavra é do Tempo, o Silêncio da Eternidade"

20 de junho de 2011

Responsabilidade Partilhada

 
«Vejo a vida de forma diferente, por isso vendi todos os carros que tinha. É melhor investir em ajudar crianças. Ser jogador de futebol dá-te uma qualidade de vida impressionante, podes comprar tudo o que quiseres, mas quando passas por uma situação assim, dás-te conta que um carro, por exemplo, não tem importância nenhuma. Vendi todos os carros e farei algo de bom com esse dinheiro, ajudando hospitais e associações de caridade».


Estas são as palavras do jogador do Barcelona, Eric Abidal, depois de ter ultrapassado os momentos difíceis da sua vida, quando, há meses, lhe foi diagnosticado um tumor do fígado. Agora tudo foi ultrapassado. A partir daí a sua vida, pessoal e interior, mudou por completo. Este internacional francês agora vê a vida de uma forma bem diferente. 

Experiências como estas talvez tenham ocorrido também com muitos de nós. Mas a verdade é que nem todas elas mudam a pessoa e nem todas as pessoas mudam com as experiências passadas. No entanto, há experiências de vida que marcam as pessoas e há pessoas que marcam a vida dos outros.         

A situação de crise pela qual o País, isto é, pelo qual cada um de nós passa, julgo que é um dos momentos que, de uma ou de outra maneira, marcam a vida actual. Torna-se um assunto inevitável desde a conversa informal até ao debate e discursos mais aprofundados.

Além de ser um momento difícil, não deixa de ser uma oportunidade. Oportunidade de tomar consciência, mudar hábitos e rever o modo e o estilo de vida de cada um como indivíduo, família e sociedade. E, a partir daí, tomar a decisão, assumir o compromisso para uma nova maneira de viver e de se organizar, começando pelas pequenas coisas que estão ao nosso alcance, como formas práticas e pessoais de enfrentar a crise. Cada um saberá qual seria a sua melhor saída. No entanto, existem maneiras que podemos adoptar, como, por exemplo: levar uma vida dentro das nossas possibilidades; poupar em coisas que, muitas das vezes, não são essenciais ou são importantes mas não são fundamentais; comprar o que é produto nacional; evitar o desperdício desnecessário; voltar à terra e dela tirar o maior proveito possível. Isto, na verdade, exige determinação e participação de todos.               

E, enquanto se deseja que os responsáveis políticos e económicos façam o seu trabalho, a iniciativa deve vir também de cada um de nós como um acto de responsabilidade. Pois, mais do que as crises económicas, financeiras, sociais e políticas, são as crises morais, éticas e culturais que estão em questão. Porque são as pessoas que actuam, tomam decisões e fazem as suas escolhas. Daí, questiona-se: «Ainda vale alguma coisa continuar a viver esquecendo-se dos valores, dos princípios éticos e morais?»

Seguindo o exemplo de Abidal e de muitos outros, vejamos então a crise de forma diferente e faremos algo de bom e bem melhor, adoptando um estilo de vida mais solidária, mais partilhada, mais fraterna e mais responsável.  

Foi publicado na Revista «SVD Ao Encontro», Ano XVIII, nº 63, Abril-Maio-Junho 2011, p. 6. 

Encontro de Amigos do Verbo Divino em Tortosendo




Aconteceu na tarde de Domingo, 19 de Junho, Festa da Santíssima Trindade, o encontro regional dos Amigos do Verbo Divino da zona de Tortosendo. Foi num ambiente familiar, festivo e de ligação à Missão que o mesmo aconteceu no espaço do Seminário daquela localidade.
 Um bom número de amigos, vindos das diversas paróquias da região e, ainda, da paróquia da Bajouca, diocese de Leiria, compareceu para esta tarde missionária.
 Realizou-se uma Feira Missionária com o intuito de angariar fundos para o projecto “Meninos da Rua de Luanda”. O mesmo está inserido na Campanha Mãos Unidas do Secretariado das Missões do Verbo Divino, que o movimento regional abraça este ano.     
 O momento de oração missionária reforçou o sentido da responsabilidade de cada um e de todos os cristãos como enviados à missão.
 A tarde culminou com a habitual sardinhada e convívio fraterno.