"A Palavra é do Tempo, o Silêncio da Eternidade"

30 de junho de 2007

Eternidade=Eterna Idade

( Óbidos, Portugal)

A porta para a eternidade é estreita
e nem todos passam ou podem passar por ela
quer dizer que são poucos os que por ela entram.
Esta porta dá acesso a eterna idade
equivale o intemporal do nosso íntimo
onde a idade já não conta
e ela mesma já não se conta pelos números
e onde ninguém jamais pode entrar
a não ser aquele que guarda a sua palavra-chave
e prepara o PIN certo para o introduzir
à porta da eternidade.
Palavra-chave: AMOR
PIN: Já não é preciso
ENTRE, Por Favor!
Lisboa, 30 de Junho de 2005

26 de junho de 2007

O Verão frio é como a Primavera sem flores!
Summer without sun is like spring without flowers!
Lisboa, 26 de Junho de 2007

25 de junho de 2007

LEMBRANÇA

A véspera de São Jõao
O calor do Verão já se faz sentir
o jardim da Igreja do outro santo popular:
São Pedro (do Prior Velho)
encheu-se de crianças, jovens e adultos.
O encerramento e a despedida
do ano catequético transacto
foi o motivo do convívio
entre catequistas, catequizandos, pais e familiares.
No meio das canceiras, jogos e brincadeiras
uma lembrança chegou-me às mãos:
foi uma flor!
da pequena Inês e a sua mãe
por estes tempos passados
e por ser o meu último ano
com estes lindos meninos.
Lembrei-me então desta frase:
"Sem flores e sem crianças gelaria o sol no coração dos homens".
E foi com toda a razão que o nosso grupo acabou de cantar:
"Eu sou ainda muito jovem mas eu sei,
o homem que amanhã eu quero ser,
vai crescer,
vai crescer dentro de mim,
é como a flor que eu cuido com amor no meu jardim,
e que o mundo tem direito a acolher".
Lisboa, 25 de Junho de 2007

23 de junho de 2007

Nazaré, Portugal


Persahabatan terus kita jalin
tanpa membedakan siapa dan di mana.
Kita sama-sama jauh
datang dari negeri seberang.
Di tanah ini
Di negeri ini
kita sama-sama bertualang.
Dalam dekapan sang sahabat
kita ukir hari kita
tanda persaudaraan sejati
mengalir deras di urat-urat nadi kita.
Sore yang cerah
secarah bahagianya kita.
Mari kita terus melangkah bersama
satu dalam cita
satu dalam angan.
Setiap ombak menepi mencium bibir pantai
seperti hasrat kita mencium aroma kehidupan.

Lisboa, 23 de Junho de 2005

15 de junho de 2007

O SÁBADO NO JUDAÍSMO

www.fierj.org.br


O Sábado em hebraico diz-se sabbat, que quer dizer “descanso”. Este constitui um dos elementos fundamentais da tradição judaica. O Sábado é o sétimo dia que é o dia de descanso. Este dia recorda dois grandes momentos da história do povo judaico, são eles: o descanso de Jahvé depois de terminar a sua obra da salvação (Êx 20, 8-11; cf. Gén 2, 2) e a libertação do povo de Israel da escravidão do Egipto (Dt 5, 12-15). De acordo com a tradição judaica, a ordem de um dia de descanso foi ordenado por Deus e institui um dos mandamentos do Decálogo.

Por isso, o Sábado, para alguns, constitui o mandamento mais característico do judaísmo em que se refere unicamente a Deus e ao povo de Israel, atendendo o que se diz no livro do Êxodo: “Portanto, os filhos de Israel guardarão o sábado, através de todas as suas gerações, como uma aliança perpétua. Entre mim e os filhos de Israel é um sinal externo de que o Senhor fez os céus e a Terra em seis dias, e que no sétimo dia terminou a obra e descansou” (Êx 31, 16-17). Jahvé falou aos filhos de Israel por meio de Moisés para que estes guardassem o sábado, porque este é o sinal perpétuo estabelecido entre Deus e o seu Povo, de geração em geração. E, por isso, o sábado para este povo é uma coisa santa (cf. Êx 31, 12-14).

O Sábado é o ponto culminante do ciclo semanal. A caminhada diária atinge o seu auge no sétimo dia. Este dia como que coroa a semana judaica. Na tradição judaica o dia começa com o pôr-do-sol e termina, igualmente, com o pôr-do-sol do dia seguinte. Assim, o sábado inicia-se na véspera, ou seja, ao pôr-do-sol da sexta-feira e termina ao anoitecer do sábado.
A observância do Sábado foi estabelecida pelo próprio Deus, por isso o Sábado também é o dia santo para os judeus. Durante este período de tempo nota-se o ambiente festivo e litúrgico nas casas e nas sinagogas além do descanso exigido neste dia. Há gestos e actos litúrgicos próprios para celebrar este dia no círculo familiar e sinagogal.

O mais notável da noção do Sábado, dia de descanso e dia santo, como dá a entender, verifica-se na abstenção de todo o tipo de actividade e de trabalho. Existem determinadas leis a observar neste dia. A ausência da acção laboral, no fundo, tem como objectivo a santificação deste dia santo, ou seja, a evitar a sua profanação, descansando como Deus descansou ao sétimo dia. Há seis dias para trabalhar e o sétimo é oferecido exclusivamente ao Senhor. O Sábado é, por assim dizer, o dia de descanso total das actividades não litúrgicas. Os Fariseus, isto é, o grupo judaico responsável pela observância da Lei, levavam a sério a prática do Sábado, até ao último pormenor.

Jesus também guarda o Sábado mas relativiza-o (Mc 1, 21; Lc 4, 16). Assim, Jesus desafia a dureza da visão sabática dos escribas e fariseus (Mt 12, 12; Mc 3, 2-5; Lc 13, 10-16; 14, 1-6; Jo 5, 8ss; 9, 14). Ele próprio proclama-se Senhor do sábado, apresentando uma visão renovada e transformada do mesmo e colocando-o ao serviço da pessoa humana em vez da mera observância da lei (cf. Mc 2, 27ss). O cristianismo desde a sua origem tem imitado a prática do descanso sabático dos judeus mas passando-o para o Domingo: o primeiro dia da semana, o dia do Senhor, isto é, o dia da ressurreição de Jesus. Deste modo, os cristãos desejam diferenciar-se da sinagoga, seguindo a tal visão de Jesus acerca do Sábado, e assinalar o Domingo como dia santo e, de certa maneira, o seu dia de descanso.


Feliciano

In: SVD Ao Encontro, Ano XV, Nº 47 Abril-Maio-Junho 2007