"A Palavra é do Tempo, o Silêncio da Eternidade"

31 de dezembro de 2011

Abençoado Ano Novo 2012



Tahun berlalu, musim berganti
Waktu datang lalu pergi.
Dan di ujung hari
Sebelum tiba pada batas pisah
Kugores pada dinding ini
Madah syukurku ke angkasa maya
Karena masih ada hidup
Dan akan tetap ada hidup
Di silih-bergantinya waktu.

29 de dezembro de 2011

e a violência persiste


No seu discurso na Basílica Santa Maria dos Anjos em Assis, por ocasião da comemoração dos 25 anos da jornada de oração pela paz, o Papa Bento XVI referiu o motivo pelo qual o Beato Papa João Paulo II convidou, pela primeira vez, os representantes das religiões do mundo para o dito evento, em 27 de Outubro de 1986.

E perguntou: «Mas, que aconteceu depois? Infelizmente, não podemos dizer que desde então a situação se caracterize por liberdade e paz. Embora a ameaça da grande guerra não se aviste no horizonte, todavia o mundo está, infelizmente, cheio de discórdias. E não é somente o facto de haver, em vários lugares, guerras que se reacendem repetidamente; a violência como tal está potencialmente sempre presente e caracteriza a condição do nosso mundo.»

Estão patentes nestas palavras do Papa o que continuamos a presenciar: a violência persiste, o que contrasta o desiderato de Assis. A violência em escala local e global continuam a acontecer, desde o terrorismo ao ódio à religião, desde os ataques aos lugares de culto às leis que discriminam à liberdade religiosa. Podemos ainda aumentar esta litania dos acontecimentos violentos e mortíferos que, infelizmente, parece sem fim à vista. 

E, muito mais grave ainda, estes terrores acontecem, muitas das vezes, usando a religião como seu veículo privilegiado e tem como alvo os fiéis de determinada religião. Mas não é raro acontecer que as vítimas sejam pessoas inocentes. 

Isto mostra bem que o nosso mundo ainda não está totalmente livre do espírito da violência e do ódio. Existem ainda homens e mulheres, nossos irmãos, que, por determinado ponto de vista, continuam a recorrer à violência justificando a sua acção como necessária.    

Conscientes destes graves problemas, os responsáveis religiosos, bem como os fiéis de todas as religiões continuam a ter um papel determinante e peremptório na construção de um mundo cada vez mais fraterno e humano.

Bento XVI afirmou ainda naquele discurso: «A liberdade é um grande bem. Mas o mundo da liberdade revelou-se, em grande medida, sem orientação, e não poucos entendem, erradamente, a liberdade também como liberdade para a violência. A discórdia assume novas e assustadoras fisionomias e a luta pela paz deve-nos estimular a todos de um modo novo.»

Muito já se fez através do diálogo. No entanto, nunca é demais continuar a insistir no caminho que leva à paz e à concórdia. Neste sentido, os eventos como é o de Assis, continuam ser decisivos em fomentar a harmonia de viver entre os responsáveis das religiões e, por sua vez, entre os fiéis de diferentes religiões.


In «SVD Ao Encontro» Nº 65 Outubro-Novembro-Dezembro 2011, p. 5.

22 de dezembro de 2011

Boas Festas

Os meus votos de Boas Festas aos familiares, amigos, conhecidos e a todos os que celebram estes dias festivos na paz e na alegria do Verbo Divino:
 

Kepada sanak keluarga, sahabat dan kenalan serta semua yang merayakan Natal dan Tahun Baru, saya mengucapkan selamat berpesta dalam damai dan bahagia Sang Sabda.

20 de dezembro de 2011

Natal na Indonésia

Num país de diversas culturas, línguas, etnias e religiões, a Igreja na Indonésia assume-se como um «pequeno rebanho» que caminha para o futuro com esperança e com horizontes abertos aos desafios do mundo. No maior país muçulmano do mundo, a Indonésia, Natal é Natal mesmo! Quer dizer, a mesma palavra, o mesmo nome, para dizer a mesma coisa em português: Natal. Na impossibilidade de retratar o Natal em pormenor no “mundo” indonésio, procurámos partilhar apenas o que é do nosso conhecimento e experiência.  

Natal: uma celebração familiar

O natal na Indonésia é celebrado numa tradição cultural de familiaridade e fraternidade. Nesta comemoração do nascimento de Jesus, dentro da sua realidade, os cristãos abrem o coração para uma busca de algo maior. Transformando-se numa atitude de fé, os cristãos revestem-se de entusiasmo e dispõem-se a encontrar o Menino Jesus na celebração eucarística. Tudo anda à volta da família e da igreja. Por isso, dão mais importância às celebrações eucarísticas e ao encontro familiar do que troca de prendas. Fazem-se preparações nas paróquias muito antes com vários ensaios de canto, apresentações culturais e preparação do espaço da celebração a cargo de cada comunidade de base. Os cristãos que vivem longe da paróquia reúnem-se, ficando nas famílias mais próximas durante alguns dias, normalmente de 24 a 26 de Dezembro, terminando com a celebração do chamado “segundo natal”, celebrado neste último. A participação dos cristãos torna-se uma comemoração viva e significativa porque envolve toda a gente. O Natal depois é celebrado também em cada família e nos pequenos grupos que continua até ao ano novo.

                                         (Fidel Fallo e Damião Lelo)


Natal: relação com as outras religiões
A convivência entre pessoas de diferentes religiões é uma experiência diária. Podemos dizer que faz parte do “ADN” cultural e religioso dum indonésio. Por isso, as grandes festas e celebrações religiosas envolvem quase toda a gente. Os gestos simples mas importantes como por exemplo desejar boas festas “Selamat Natal”, quer dizer, “Feliz Natal”, entre amigos e famílias de diferentes religiões é algo natural. Educa-se portanto para uma tolerância mútua. Há também mútua colaboração sobretudo com os muçulmanos nas celebrações religiosas incluindo o Natal, para garantir a segurança, encaminhar pessoas para os seus lugares, entre outros. Esta prática já é uma colaboração de longa data mas que vem ainda mais reforçada com violentos acontecimentos dos últimos tempos, em parte fruto da euforia da democracia depois da queda do regime de Suharto em 1998. Houve ameaças de bombas às igrejas, algumas chegaram a acontecer, sobretudo na capital de Jacarta, levadas ao cabo pelos grupos extremistas, mesmo na noite de Natal. Assim, para muitos cristãos, particularmente os que vivem como minoria, o Natal vive-se em insegurança, receio, ameaças, lembrando até do próprio nascimento do Menino Jesus, com tudo que O envolvia. 
Acontecimentos tristes à parte - graças a Deus, está mais calmo nestes últimos anos, - há também outro aspecto interessante neste ponto. Cada ano faz-se uma celebração de Natal a nível nacional, organizada em conjunto entre a Conferência Episcopal da Indonésia (KWI) e a União das Igrejas da Indonésia (PGI). Nesta ocasião, marcam presença o Presidente da República e seus ministros, altas figuras públicas, elementos da sociedade, organizações sociais e religiosas. É de destacar que na Indonésia existe o Ministério dos Assuntos Religiosos, mais precisamente o Departamento de Religião, que traduz o primeiro dos cinco fundamentos da nação (Pancasila): Ketuhanan yang Maha Esa - A fé num Deus único e supremo.                          

Algumas festas mais importantes de cada religião que existem na Indonésia são consideradas como festas nacionais. Isto torna-se evidente nas férias formais de carácter nacional daquele país multicultural. Tal como o “Ramadão” para os muçulmanos, tanto como outras festas importantes para outras religiões reconhecidas pelo Estado, a festa do Natal, particularmente a celebração do dia 25 de Dezembro, é considerada como feriado nacional. Este é um dos sinais visíveis de uma tolerância que se tem vivido na Indonésia. Este reconhecimento oficial por parte do Estado à religião católica, já é uma garantia para os seus fiéis a praticarem, celebrarem e viverem a sua fé em paz.

(Feliciano Sila e Floriano Jaling)

In Contacto SVD Ano XXXI - Número 188, Novembro-Dezembro 2011

14 de dezembro de 2011

Lançamento do Livro: "Portugal - a Missão da Conquista no Sudeste de África"

Acontecimento importante
Com 45 anos de atraso apareceu a tradução do livro de Paul Schebesta, Portugal: a Missão da Conquista no Sudeste de África. Foram palavras proferidas pelo Prof. José Mattoso na apresentação do livro, no dia 13 de Dezembro de 2011, na Sociedade de Geografia de Lisboa. Logo de seguida fez questão de acrescentar que nunca é tarde demais para edificar a paz entre os homens.
A tradução deste livro foi considerada pelo apresentador como “acontecimento importante” pelos elementos que fornece. Afirmou ainda, perante as cerca de seis dezenas de pessoas que absorviam atentamente cada palavra, que os agentes de diálogo de culturas poderão encontrar neste livro um estímulo para o diálogo na construção da paz.
A tradução do texto permitirá também um acesso mais fácil à investigação, pois trata-se, até à data, de uma obra bastante desconhecida entre nós.
António Leite

Nota:
- O Jornal Público na sua edição de ontem, 13 de Dezembro, trouxe um artigo intitulado "Missionário, antropólogo e anticolonialista" do jornalista Antonio Marujo sobre o assunto (p. 9)
- Hoje, 14 de Dezembro,  às 23h00, na TSF, passará a entrevista que o jornalista Vilas Boas fez ao Prof. José Mattoso, imediatamente depois da apresentação do livro.

1 de dezembro de 2011

Kata-Kata Bijak 28/Sabedoria: novo começo/awal baru



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«Meski tak seorangpun bisa berbalik kembali ke belakang dan memulai sebuah awal yang baru, namun siapapun bisa memulai sekarang dan membuat suatu akhir yang baru»